Nós queremos contribuir com a comunidade científica internacional
buscando respostas para perguntas atuais e relevantes no campo das Neurociências.
Porque pesquisamos o cérebro? A capacidade de perceber o mundo à nossa volta e dar sentido às nossas experiências é o que torna o ser humano único. Como esses processos ocorrem, é a pergunta que paira sobre a humanidade desde os tempos mais antigos.
Nos últimos 100 anos houve um grande avanço científico, contudo, o funcionamento cerebral em sua totalidade permanece um enigma a ser decifrado.
Em breve iniciaremos nossas pesquisas. Fique atento para as chamadas públicas.
Neuroplasticidade, Neurorreabilitação e Neuromodulação Terapêutica
tDCS e rTMS
Buscamos compreender como a atividade cerebral pode ser modulada, como o cérebro se reorganiza após um insulto, como se dá a neuroplasticidade, e como esses processos refletem no comportamento.
Para isto, estudamos as técnicas de estimulação transcraniana não-invasiva como a TMS, tDCS, e o Neurofeedback.
TMS - Estimulação Magnética Transcraniana
A Estimulação Magnética Transcraniana (EMT, ou TMS, em inglês) é uma técnica não-invasiva e indolor que utiliza campos magnéticos variando no tempo para induzir um campo elétrico, estimulando, assim, as células nervosas do cérebro. Foi demonstrada pela primeira vez pelo pesquisador inglês Anthony Barker em 1985 e, desde então, tem sido estudada, desempenhado um papel importante na compreensão da neuroplasticidade. Seus efeitos tem sido amplamente investigados para fins de pesquisa em diversas aplicabilidades clínicas.
Dentre elas, tem sido utilizada para fins de diagnóstico e tratamento de algumas condições neuropsiquiátricas, como cefaleia, dor crônica, enxaqueca, depressão, transtorno bipolar do humor, esquizofrenia, recuperação pós acidente vascular cerebral, Parkinson e para o mapeamento pré-cirúrgico das funções motoras, entre outras.
tDCS - Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua
A Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua, abreviada por ETCC (ou tDCS, em inglês), também é uma técnica não invasiva em que correntes elétricas de baixa intensidade interferem atividade elétrica do cérebro. Esta técnica funciona de maneira diferente da TMS, mas de igual modo tem sido amplamente pesquisado.
Nesta técnica, dois eletrodos (um ânodo e um cátodo) são aplicados ao sujeito (seja apenas a cabeça ou a cabeça e o ombro, dependendo de seus objetivos). De acordo com a polaridade, diferentes efeitos podem ser observados: interferência ou facilitação. Além disso, diferentes tipos de montagens podem ser usados: unipolar, bipolar etc.
O tDCS pode ser usada em Psicologia juntamente com testes comportamentais (tanto on-line, durante estimulação, como off-line, após estimulação) para explorar os efeitos da estimulação de neurônios específicos do sistema nervoso central em habilidades cognitivas.
Neurofeedback
Neurofeedback é uma técnica metacognitiva para treinar a atividade cerebral; é biofeedback para o cérebro. Para entender o Neurofeedback, primeiro precisamos entender um pouco sobre as ondas cerebrais.
As ondas cerebrais são os impulsos elétricos produzidos quando as células do cérebro se comunicam umas com as outras. Ondas cerebrais nos dizem muito sobre como você se sente e funciona; seus hábitos de pensamento, níveis de estresse, humor subjacente e função cerebral geral.
Usando sensores no couro cabeludo, podemos medir e monitorar essa atividade. Com o software de análise do cérebro (mapa do cérebro QEEG), podemos identificar que atividade específica está dando origem aos seus sintomas.
É usado para tratar muitas condições, tais como: TDA e TDAH, transtornos de estresse, ansiedade, ataques de pânico, autismo, Aspergers, depressão, dores de cabeça, enxaquecas, concussões e problemas de sono. Também pode ser usado para auxiliar nos déficits de memória; ajudar indivíduos que sofrem de epilepsia, transtorno de Stress Pós-Traumático, Síndrome de Tourette, comportamentos obsessivos/compulsivos e agressividade; bem como para reparar danos cerebrais de acidente vascular cerebral ou uma lesão cerebral traumática.
Quer saber mais?
ROSSI, S.; HALLETT, M.; ROSSINI, P. M.; PASCUAL-LEONE, A. Safety, ethical considerations, and application guidelines for the use of transcranial magnetic stimulation in clinical practice and research. Clinical Neurophysiology, v. 120, n. 12, p. 323–330, 2012.
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Nitsche M.A., , Cohen L G., Wassermann E. M., Priori A., Lang N., Antal A., Paulus W.,Hummel F., Boggio P.S., Fregni F., Pascual-Leone A. (2008). Transcranial direct current stimulation: State of the art. Brain Stimulation, 1, 206–23.
Bazanova OM, Auer T, Sapina EA. On the Efficiency of Individualized Theta/Beta Ratio Neurofeedback Combined with Forehead EMG Training in ADHD Children. Frontiers in Human Neuroscience. 2018;12:3. doi:10.3389/fnhum.2018.00003.
Micoulaud-Franchi J-A, Geoffroy PA, Fond G, Lopez R, Bioulac S, Philip P. EEG neurofeedback treatments in children with ADHD: an updated meta-analysis of randomized controlled trials. Frontiers in Human Neuroscience. 2014;8:906. doi:10.3389/fnhum.2014.00906.
Neurociências Cognitiva e Comportamental
O cérebro e o comportamento
Como a atividade cerebral influencia no comportamento? O que acontece no cérebro enquanto aprende novas habilidades? Essas são algumas das perguntas que buscamos responder.
O campo da neurociência comportamental é o desenvolvimento contemporâneo mais amplo do campo anterior da psicologia fisiológica, o campo original da psicologia, como nos escritos de Wilhelm Wundt e William James. Hoje este campo se preocupa com as bases neurais e biológicas do comportamento, incluindo efeitos de lesões e estimulação elétrica, registro de atividade elétrica, fatores genéticos, influências hormonais, neurotransmissores e fatores químicos, substratos neuroanatômicos, efeitos de drogas, processos de desenvolvimento e fatores ambientais.
Em suma, a neurociência comportamental é o aspecto do campo amplo e interdisciplinar da neurociência preocupado com as bases biológicas do comportamento. Por outro lado, o campo da neurociência cognitiva é aquele aspecto do campo da neurociência preocupado com os fenômenos mais complexos da mente e do cérebro, particularmente para o animal humano. Tópicos substantivos cobertos na neurociência comportamental incluem, amplamente, aprendizado e memória, motivação e emoção, processos sensoriais e, mais recentemente, substratos biológicos e moleculares do comportamento biológico.
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